Quando vi essa foto tentei entender esse olhar...
Faz tempo que eu não o via.
Talvez o tempo o tivesse apagado, ou as dores e sofrimentos ofuscados.
Mas ele continua ai...
Tenho fotos que falam por si só, mulherão, sofrida, crazy... mas esse olhar... eu sempre o quis de volta.
Lembro de uma menina lá do interior de Minas Gerais. Ela tinha esses mesmos olhos. Inocência talvez, esperança... não sei.
Mas um dia me despedi dela. Disse que iria embora e que daquele dia em diante tudo seria diferente.. Uma nova vida, novos amigos, lugares diferentes.
Mas eu não podia imaginar como seria difícil. Como seria árduo. E sem ela por aqui me descobri uma nova pessoa a cada dia. Amadureci anos e anos. A vida me transformou. Me perdi. Me reencontrei. Mas não era mais a mesma. Muitos cacos pra juntar. Cheguei a perder as esperanças. Achei que fosse me tornar amarga, insensível... que todas as surras que levei fossem me fazer desacreditar.
Queria ter um script a seguir, um roteiro sabe. Como aqueles de filmes e novelas. Onde sabemos a cena a seguir. Queria poder ensaiar uma... duas ... várias vezes. Pra saber como agir... mas vida real não é assim né. Por isso é REAL.
Sempre me disseram que você seria uma bênção filha, que seria um presente, que iria me ajudar nessa fase. E sempre diziam no fim da frase, você vai ver só...
E não é que eu vi?
Dia desses, jogo da seleção, copa do mundo (e eu como sempre indiferente).
Resolvi fazer uma foto para dar sequencia a essa imagem...
Foram vários cliques... eu, a cam... e o senhor tripé... várias fotos.
Numa delas eu me reencontrei.
Aquele olhar de menina... lembra?
Estava lá mais uma vez. Você trouxe de volta o melhor de mim filha. Me trouxe de novo a doçura... o colorido num mundo que já era preto e branco...
Me fez enxergar que aquela menina ainda está aqui. Hoje uma mulher. Mas que a menina do meu interior ainda vai dar muitos palpites e pitacos por aqui. Vai me fazer olhar a vida com sensibilidade novamente.
Sei que alguns dodóis ainda vão ficar por um tempo. E que mesmo que cicatrizem, vão estar lá pra lembras as dores que passei. Mas você é meu troféu. Meu prêmio por excelência. (desculpa te tratar assim tá, vc não é nenhum objeto). Analogias a parte, você me faz entender que mereço sim coisas boas da vida. E você é a melhor delas. É meu arco-íris depois do temporal. Pra lembrar que ainda existe vida... que existe por quem lutar... viver... e não apenas sobreviver (era o que eu vinha fazendo).
Sou apaixonada por uma bolotinha que passa uma temporada em meu ventre. Por ela descobri que SOU CAPAZ. Sou capaz de tudo!
Talvez você seja mais a mãe nessa história viu. Já vou te adiantando. Talvez tenha noites em que você é quem cuidará de mim. Vai me dar colo, cafuné... mas descobri recentemente que é assim mesmo. Deus nos dá anjos protetores denominados filhos. Não existe um padrão nessa história.
Antes de estar preparada para você tive que me despir do papel de filha e vivenciar muitas coisas... enfrentar situações que só uma mãe poderia passar. Saber o que é melhor ou não por uma outra vida. Colocá-la acima de tudo. Acima até mesmo de si mesmo. Isso me fez pronta. Pronta para ter você.
E assim me reencontrei. Aquela menina que sempre sonhou ser mãe. Que se dizia ter nascido pra isso. Precisou crescer. Amadurecer. Mas fico feliz que ela não se perdeu e volta e meia vem me visitar.
Faz tempo que eu não o via.
Talvez o tempo o tivesse apagado, ou as dores e sofrimentos ofuscados.
Mas ele continua ai...
Tenho fotos que falam por si só, mulherão, sofrida, crazy... mas esse olhar... eu sempre o quis de volta.
Lembro de uma menina lá do interior de Minas Gerais. Ela tinha esses mesmos olhos. Inocência talvez, esperança... não sei.
Mas um dia me despedi dela. Disse que iria embora e que daquele dia em diante tudo seria diferente.. Uma nova vida, novos amigos, lugares diferentes.
Mas eu não podia imaginar como seria difícil. Como seria árduo. E sem ela por aqui me descobri uma nova pessoa a cada dia. Amadureci anos e anos. A vida me transformou. Me perdi. Me reencontrei. Mas não era mais a mesma. Muitos cacos pra juntar. Cheguei a perder as esperanças. Achei que fosse me tornar amarga, insensível... que todas as surras que levei fossem me fazer desacreditar.
Queria ter um script a seguir, um roteiro sabe. Como aqueles de filmes e novelas. Onde sabemos a cena a seguir. Queria poder ensaiar uma... duas ... várias vezes. Pra saber como agir... mas vida real não é assim né. Por isso é REAL.
Sempre me disseram que você seria uma bênção filha, que seria um presente, que iria me ajudar nessa fase. E sempre diziam no fim da frase, você vai ver só...
E não é que eu vi?
Dia desses, jogo da seleção, copa do mundo (e eu como sempre indiferente).
Resolvi fazer uma foto para dar sequencia a essa imagem...
Foram vários cliques... eu, a cam... e o senhor tripé... várias fotos.
Numa delas eu me reencontrei.
Aquele olhar de menina... lembra?
Estava lá mais uma vez. Você trouxe de volta o melhor de mim filha. Me trouxe de novo a doçura... o colorido num mundo que já era preto e branco...
Me fez enxergar que aquela menina ainda está aqui. Hoje uma mulher. Mas que a menina do meu interior ainda vai dar muitos palpites e pitacos por aqui. Vai me fazer olhar a vida com sensibilidade novamente.
Sei que alguns dodóis ainda vão ficar por um tempo. E que mesmo que cicatrizem, vão estar lá pra lembras as dores que passei. Mas você é meu troféu. Meu prêmio por excelência. (desculpa te tratar assim tá, vc não é nenhum objeto). Analogias a parte, você me faz entender que mereço sim coisas boas da vida. E você é a melhor delas. É meu arco-íris depois do temporal. Pra lembrar que ainda existe vida... que existe por quem lutar... viver... e não apenas sobreviver (era o que eu vinha fazendo).
Sou apaixonada por uma bolotinha que passa uma temporada em meu ventre. Por ela descobri que SOU CAPAZ. Sou capaz de tudo!
Talvez você seja mais a mãe nessa história viu. Já vou te adiantando. Talvez tenha noites em que você é quem cuidará de mim. Vai me dar colo, cafuné... mas descobri recentemente que é assim mesmo. Deus nos dá anjos protetores denominados filhos. Não existe um padrão nessa história.
Antes de estar preparada para você tive que me despir do papel de filha e vivenciar muitas coisas... enfrentar situações que só uma mãe poderia passar. Saber o que é melhor ou não por uma outra vida. Colocá-la acima de tudo. Acima até mesmo de si mesmo. Isso me fez pronta. Pronta para ter você.
E assim me reencontrei. Aquela menina que sempre sonhou ser mãe. Que se dizia ter nascido pra isso. Precisou crescer. Amadurecer. Mas fico feliz que ela não se perdeu e volta e meia vem me visitar.
